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Ministro participa do 1º Congresso do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe

19/04/2021

​Objetivo do Brasil é dominar o ciclo tecnológico completo do hidrogênio



O Ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, participou no último dia 14, do H2LAC 2021, 1º Congresso do Hidrogênio para a América Latina e o Caribe. O evento, promovido pelo BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) e pelo grupo New Energy, reúne representantes de governo e setor privado, e foi aberto pelos ministros de Energia de Brasil, Chile, Uruguai, Colômbia e Costa Rica. Bento Albuquerque defendeu que o Brasil e a região estão bem posicionados para se tornarem atores relevantes em hidrogênio, tanto para exportação quanto para atender aos mercados internos e contribuir para a descarbonização das matrizes. “Por sermos um país com vocação para energia renovável, com 83% da nossa matriz elétrica, temos potencial para gerar hidrogênio verde de forma altamente competitiva", declarou o ministro.

​O ministro recordou que o hidrogênio não é novidade no Brasil, que há quase vinte anos desenvolve planos específicos para o combustível e conta com laboratórios especializados, como o Núcleo de Pesquisa em Hidrogênio do Parque Tecnológico de Itaipu. Grupos privados têm investido em pesquisa e desenvolvimento em hidrogênio no País, que já conta com um mapeamento para hidrogênio, que leva em consideração possíveis interfaces com os programas de biocombustíveis, de gás natural e amônia. Neste mês de abril, será submetido ao CNPE (Conselho Nacional de Política Energética) resolução que estabelece o prazo de 60 dias para a elaboração das diretrizes do Programa Nacional de Hidrogênio. 

Em fevereiro, resolução do CNPE já determinou a destinação de recursos públicos de pesquisa e desenvolvimento ao hidrogênio, entre outras áreas prioritárias. “É um sinal claro de que buscamos o desenvolvimento de um parque tecnológico e industrial próprio nesse setor", enfatizou o ministro. ​Bento Albuquerque afirmou que “o objetivo do Brasil é dominar o ciclo tecnológico completo do hidrogênio". “Nossa meta é o desenvolvimento de capacidades tecnológicas, industriais e de infraestrutura, com a geração de empregos de qualidade", declarou.

​Parcerias com o setor privado 

O setor privado tem demonstrado interesse crescente no setor de hidrogênio no Brasil, em particular, o hidrogênio verde, produzido a partir de fontes renováveis. O grupo australiano Fortescue assinou, no início deste ano, memorando de entendimento com o Porto do Açu, no Rio de Janeiro, para desenvolver projetos industriais verdes. O projeto contempla a possibilidade de construção de uma usina de hidrogênio verde com capacidade de 300 MW e com potencial para produzir 250 toneladas de amônia verde por ano. A empresa Enegix e o governo do estado do Ceará deram os primeiros passos para estabelecer um “hub de hidrogênio verde" no Porto de Pecém. Foram anunciados estudos para o que pode vir a ser o maior empreendimento em hidrogênio verde do mundo, com investimentos estimados em US$ 5,4 bilhões.

“O hidrogênio está cada vez mais na pauta das nossas conversações com um conjunto amplo de parceiros internacionais, entre governos e empresas, independentemente das cores das rotas", afirmou o ministro. “No Brasil, o objetivo é dominar o ciclo tecnológico completo do hidrogênio. Nossa meta é o desenvolvimento de capacidades tecnológicas, industriais e de infraestrutura, com a geração de empregos de qualidade", disse.

​Bento Albuquerque encerrou ressaltando que o sucesso da transição energética global dependerá, em grande parte, da implementação de todas as tecnologias e fontes viáveis, a fim de fazer frente à necessidade de reduzir de forma abrangente as emissões de CO2. “O hidrogênio verde está no centro das nossas atenções e tem demonstrado grande atratividade, até porque já dispomos de abundante eletricidade limpa e competitiva. Não há escolha tecnológica única, não há receita universal. Cabe a cada país identificar as suas vantagens competitivas e aproveitá-las ao máximo e, ao mesmo tempo, contribuir para o compromisso coletivo no sentido de um futuro de baixo carbono", concluiu o ministro.

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Fonte: Comunicação Ministério de Minas e Energias