Entidade participou de painel que discutiu o papel das políticas públicas na transição para um transporte mais sustentável no Brasil

A CNT (Confederação Nacional do Transporte) participou, nessa quarta-feira (2), de um evento no MMA (Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima), em Brasília, que tratou dos caminhos para a descarbonização do transporte de cargas. O encontro reuniu representantes dos setores público e privado e colocou em evidência o papel das políticas públicas como fator decisivo para acelerar essa transição.

A iniciativa marcou o lançamento das Diretrizes para a Descarbonização do Transporte de Cargas Urbanas, documento elaborado pelo World Resources Institute (WRI) e entregue ao MMA para subsidiar a formulação de políticas públicas voltadas ao setor. O material foi construído com base em entrevistas com representantes do setor de transporte e outros segmentos estratégicos da economia.

A Confederação, representada por Raflem Matos, analista em Transporte da CNT, destacou que a Instituição está atenta à necessidade de descarbonizar as operações das empresas do setor e vem atuando para que essa transição seja financeiramente viável e tecnicamente possível para todos os atores da cadeia.

“As empresas estão testando tecnologias e avaliando o que se adéqua às suas operações. Mas, para avançar, é necessário que essas iniciativas estejam integradas a políticas públicas e contem com incentivos financeiros viáveis tanto para o transportador quanto para o empresário final. O reforço é que seja uma conta dividida entre todos os componentes dessas cadeiras”, completou o analista.

Além da CNT, participaram do debate o secretário nacional de Mudança do Clima, do MMA, Aloísio Lopes; o diretor da Secretaria Nacional de Mobilidade, do Ministério das Cidades, Marcos Daniel; e a gerente nacional de Frotas dos Correios, Danielle Duarte. O painel foi moderado pelo diretor da Secretaria Nacional do MMA, Maurício Guerra.

Como principal representante do setor transportador no Brasil, a Confederação atua para assegurar que as políticas públicas voltadas à descarbonização considerem a realidade das empresas. Além disso, contribui com a produção de conhecimento técnico e com a articulação estratégica necessária para que a transição para um transporte de cargas mais limpo ocorra de forma eficiente e integrada às demandas do país.