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Transporte público de Maceió investe em equipamento para evitar poluição

04/09/2020

Empresas usam opacímetro, equipamento que faz a medição da fumaça poluente



Nos últimos anos, as mudanças climáticas e o aquecimento global têm provocado danos irreparáveis, além de causar inquietação e preocupação ao redor do mundo. Em Alagoas, a realidade não é diferente, e as empresas de transporte público estão fazendo investimentos e apostando no monitoramento da emissão de gases poluentes para minimizar o impacto ambiental da atividade.

De acordo com o ambientalista Alder Flores, esse monitoramento contribui para a conservação do meio ambiente. "Esses veículos, como os ônibus, por exemplo, que são potencialmente poluidores, devem sim ser monitorados nas garagens para avaliação dos índices de poluentes emitidos a partir da combustão, pois são hidrocarbonetos derivados do petróleo", diz.

Para esse trabalho, as quatro empresas de ônibus da capital alagoana estão apostando no programa Despoluir, da CNT (Confederação Nacional do Transporte) e do SEST SENAT. O programa faz o monitoramento por meio do opacímetro, um equipamento que faz a medição da fumaça escura de forma mais precisa e exata. Conforme Rodrigo Marcos, técnico ambiental do Despoluir, o aparelho é composto por um banco óptico e uma sonda, que vai no escape do ônibus. Ele realiza a medição da quantidade de material particulado.

"Essa iniciativa da CNT e do SEST SENAT tem como objetivo a diminuição da poluição. Fazendo aferições nos carros mensalmente, conseguimos observar uma progressão ou regressão da emissão de gases. Com o relatório em mãos, enviamos para as empresas, para que consigam ter como base e realizar manutenções no veículo, para que consuma menos combustível e polua menos", diz Rodrigo.

Resultados

Uma das empresas que aderiu ao programa tem 300 veículos, e todos passam pela análise mensal da Despoluir. Quem conta é o gerente de manutenção da empresa Real Alagoas, Denisson Campos dos Santos.

"A prioridade é fazer as medições dos gases emitidos pensando no bem comum da população. Toda vez que temos algum problema, recolhemos o veículo e fazemos as correções para, então, disponibilizar de volta para a operação", conta.

Denisson revela que os profissionais da empresa que conduzem os ônibus passam por treinamento. Aqueles que possuem o melhor consumo, recebem bonificação. Já os rodoviários que acabam consumindo mais e, por consequência, poluindo mais, recebem um novo treinamento. "Hoje, podemos dizer que temos 99,9% de veículos rodando em condições corretas. Isso representa uma redução significativa de CO2, porque já tivemos média de 98%. Considerando que a gente consome 600 mil litros por mês, alcançamos uma redução na casa de 134 mil litros de óleo", afirma.

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Fonte: Gazetaweb.com